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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Actividades de Natureza e Lazer - Perspectiva Sócio-Económica

São Martinho da Anta - Análise da Oferta Turística Local 


Na sociedade actual, é notório o desenvolvimento e a expansão das actividades de natureza e lazer, desde passeios de BTT, escalada, slide, canoagem, a simples caminhadas. Estas actividades têm crescido e contribuído, efectivamente, para o aumento da qualidade de vida e bem-estar da população, oferecendo vivências em espaços naturais esplêndidos e com paisagens grandiosas.
A diversão, a adrenalina, os sentimentos de prazer e liberdade que nos são proporcionados, são também as principais razões desta crescente procura.
Em termos económicos verificamos duas realidades distintas: i) A prática do lazer na natureza não envolve necessariamente grandes custos, uma vez que uma caminhada com a família, apreciando a fauna e a flora local, o pôr-do-sol, não comporta quase nenhum gasto; ii) Por outro lado, actividades em parques aquáticos e de aventura, ou outras que necessitem de monitores especializados, tornam-se bastante mais caras, tornando este mercado bastante lucrativo.



Pensando como profissionais do ramo de desportos de aventura, e imaginando que pretendemos melhorar ou implementar um percurso pedestre, interessa-nos que o nosso percurso seja altamente atractivo e chamativo. Para além disso, que contribua para o desenvolvimento económico da região, para o enriquecimento pessoal e intelectual dos caminhantes e assegure um aumento da vida saudável através do exercício físico. Neste sentido, a melhor forma de tornarmos isto possível, será incluir locais/espaços da região que possam atrair turistas, como por exemplo, o património, espaços naturais, recursos endógenos, potencialidades da região, entre outros.
Desta forma e direccionando o nosso pensamento para a belíssima Vila de São Martinho da Anta, podemos encontrar inúmeros pontos de interesse que podem ser usados para atrair turistas.
Comecemos com a casa do poeta e escritor Miguel Torga, passando pelo centro onde existem vários cafés/restaurantes. Também aqui podemos apreciar o largo do eiró onde se situa o tão sobejamente conhecido Negrilho. Podemos continuar até à igreja matriz de São Martinho da Anta, prosseguir até à Mamoa e, finalmente, até à Igreja da Nossa Senhora da Azinheira.
Não podemos deixar de referir um novo espaço que irá, também, ser um ponto de interesse e de atracção turística, o Espaço Miguel Torga, uma obra desenhada pelo arquitecto Souto Moura.

Vila de São Martinho da Anta
Casa do Poeta e Escritor Miguel Torga













Igreja da Nossa Senhora da Azinheira
Largo do Eiró e o Negrilho













Como já referimos, o património, os espaços naturais, as potencialidades da região são muito importantes para a atracção turística, no entanto, é necessário ter em conta outras questões essenciais, nomeadamente: - onde dormir?
- onde comer?
- outras ofertas (feiras, congressos, equipamentos, instalações, entre outros).

Assim sendo, no dia 31 de Março de 2011 deslocamo-nos a São Martinho da Anta, uma freguesia do concelho de Sabrosa.
Esta saída de campo, inserida no âmbito da disciplina de Formação Técnico-Desportiva Complementar, do Ramo de Desporto de Aventura Recreação e Lazer – Curso de Ciências do Desporto, teve como finalidade a análise da oferta turística local.
A turma foi dividida em vários grupos e cada grupo ficou encarregue de analisar dois ou mais parâmetros da Lista de Controlo para o Inventário da Oferta Turística Local.
O nosso Grupo de Trabalho ficou responsável por analisar a informação relativa ao Alojamento e Restauração; Feiras, Congressos/Conferências.
Relativamente ao sector do alojamento, verificámos a existência de 2 estabelecimentos: o Café Central (com 10 camas) e a Residencial/Restaurante “O 17” (com 9 camas).
No sector da restauração existe o Café Central, a Residencial/Restaurante “O 17”, o Restaurante Esplanada, o Restaurante Constantino, entre outros, resultando um total de 6 cafés, 5 restaurantes e 1 bar.
As feiras realizam-se ao dia 6 e 22 de cada mês, contanto com um total de 24 feiras por ano.
Por último, constatámos que não existem congressos/conferências nesta localidade.
Na recolha desta informação pudemos contar com a preciosa de um membro da Junta de Freguesia de S. Martinho da Anta, com a colaboração dos proprietários dos vários estabelecimentos que percorremos e, finalmente, com a visita do Vereador da Câmara Municipal de Sabrosa, o Sr. Mário Vilela Gonçalves, que teve a gentileza de se encontrar connosco junto ao largo do eiró (São Martinho da Anta), onde para além de esclarecer algumas dúvidas, contou-nos histórias da vila e da vida do poeta Miguel Torga.
Para finalizar a manhã em beleza, pudemos desfrutar de um almoço soberbo oferecido pelo nosso professor António Serôdio, ao qual, não podemos deixar de agradecer! Um Muito Obrigado em nome de toda a turma!






segunda-feira, 25 de abril de 2011

Trilho de S. Martinho de Anta, Sabrosa
        


 No dia 9 de Fevereiro de 2011, a turma do 3º Ano de Ciências do Desporto do ramo de Desporto de Aventura, Recreação e Lazer da UTAD partiu para o terreno, tendo em vista compreender e avaliar as marcações apresentadas no trilho de S. Martinho de Anta, situado no Município de Sabrosa. 


   Primeiramente, dirigimo-nos à Câmara Municipal de Sabrosa para obter informações adicionais (panfletos, desdobráveis) sobre o trilho, sendo esta uma das principais acções a realizar antes de percorrer o mesmo, após isto e depois de estar devidamente equipados (roupa e calçado confortável permitindo percorrer longas distâncias de forma facilitada, uma mochila com garrafas de água e alguma comida (sandes, barras energéticas)), encontramo-nos na praça central de S. Martinho de Anta prontos para realizar o trilho.

No que se refere ao trilho em si, este é caracterizado por:

Grau de Dificuldade: Média

Extensão: Pequena Rota (11 Km).

O trilho conta com 6 etapas:
1ª Etapa: Casa do Escritor Miguel Torga
2ª Etapa: Negrilho
3ª Etapa: Igreja Matriz de São Martinho de Anta
4ª Etapa: Fonte de Arcã
5ª Etapa: Mamoa 1 das Madorras
6ª Etapa: Igreja da Senhora da Azinheira


Ao longo deste trilho podemos encontrar vários tipos de marcações:
 

 Várias placas de direcção:
(Como o próprio nome diz, estas placas indicam a direcção que se deve seguir para prosseguir no trilho.)






E também diversos painéis informativos:
(Estes painéis de informação apresentam descrições detalhadas sobre o tipo de trilho a realizar, a fauna e a flora, alguns aspectos culturais mais relevantes, o património arqueológico dessa região, a geologia e cuidados a ter durante a caminhada, ou seja apresenta informações e ilustrações daquilo que é mais chamativo nessa região e que se pode encontrar durante a realização do trilho.)
  


 Quanto aos aspectos negativos a salientar sobre este trilho pode-se evidenciar que são principalmente ao nível da marcação, isto porque:
- Existe demasiada marcação nos cruzamentos, mudanças de direcção e em espaços extensos onde apenas se segue uma direcção e é colocada marcação de caminho certo em diversos pontos sem ser necessária, em detrimento de outros locais;
- A marcação do percurso apenas é realizada num sentido;
-A marcação do percurso é apresentada na perpendicular relacionada com a progressão do praticante, dificultando assim a mesma;
*Caso estes aspectos possam ser rectificados, deveria optar-se também pela rectificação do trilho, fazendo este passar pelo meio da vila, mostrando assim melhor a oferta de    S. Martinho de Anta.
 


 Posto isto, apresentamos aqui algumas das características desta maravilhosa terra transmontana.
    No que se refere à sua caracterização sócio-económica, pode dizer-se que S. Martinho de Anta conta com a presença de muitas zonas produtoras de vinho fino e zonas altas, sendo que umas produzem mostos para o vinho do Porto de grande qualidade e outras zonas caracterizam-se pela produção florestal e pela pecuária extensiva, e existem ainda investimentos no domínio da horto-fruticultura. Não esquecendo que esta terra é também um importante pólo comercial devido à sua grande extensão de feiras anuais aqui realizadas, e também à sua colectividade de cafés restaurantes e mercados centrados na zona do largo do Eiró.
   Relativamente ao seu património, esta aldeia na sua maioria apresenta terras de cultivo e campos de bravio, que estão rodeados por bosques e penedias. Destaca-se o largo do Eirô, formado por casas tradicionais em granito, a ponte e o cruzeiro, e claro sem poder esquecer o tão famoso Negrilho. Entre São Martinho de Anta e Constantim encontra-se o santuário rupestre conhecido por Fragas de Panóias. A Igreja Matriz, a Capela de São João e a Capela de Nossa Senhora da Azinheira de estilo barroco, constituem a parte mais significativa do património monumental religioso da freguesia. Podemos encontrar ainda a Mamoa das Madorras que se encontra à beira da estrada entre Arcã, garganta e vilar de Celas (podendo ser vista durante a realização do trilho assim como a Igreja da Nossa Senhora da Azinheira atrás mencionada), encontramos também o espaço Miguel Torga, da autoria do arquitecto Souto Moura, que tem como objectivo servir como centro literário de referência, serve também como centro de interpretação e divulgação da obra torguiana, com biblioteca, livraria, auditório e sala de exposições alem de estimular também o turismo cultural. Sendo que este tem a sua abertura prevista para Maio de 2011.

 Fica por aqui a caracterização desta zona transmontana, apesar de ainda se poder falar muito mais sobre esta maravilhosa terra.