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domingo, 8 de maio de 2011

Travessia de Sobrevivência na Serra do Marão

A sobrevivência é fundamentalmente uma questão de perspectiva mental, a vontade de viver é o factor mais importante. Quer esteja integrado num grupo ou sozinho, vivenciará problemas emocionais derivados do choque, do medo, do desespero e da solidão. Para além destes perigos mentais, a lesão, a dor, a fome, a sede, pesam na vontade de viver.

A nossa actividade decorreu no âmbito da disciplina de Formação Técnico Desportiva Específica I sobre a liderança do Professor Doutor Luís Quaresma executamos uma Travessia de sobrevivência na Serra do Marão.

A Travessia de Sobrevivência consiste na acção de percorrer um longo trecho desabitado de forma autónoma, ou seja, o indivíduo ou o colectivo deve transportar consigo todo o material/equipamento e mantimentos necessários de forma a concluir a travessia em segurança.

                          


Equipados com GPS, carta topográfica, rádio e telemóveis fizemo-nos ao caminho em segurança. Ao longo da nossa ascensão enfrentamos condições atmosféricas adversas, tais como, chuva, vento e nevoeiro, o que tornou a Travessia bastante demorosa e difícil, obrigando a algumas paragens técnicas para descansar. Para além disso, com a construção do parque eólico deparamo-nos com caminhos e outros elementos modificados que não se encontravam actualizados no mapa, o que si por só foi um entrave à nossa ascensão.
Quando finalmente chegámos ao cimo da serra, encontramos um abrigo em condições degradadas, mas que devido às condições atmosféricas de grande vento, que viciava a chuva e a guiava de forma quase horizontal, e também devido ao cansaço acumulado tivemos que pernoitar ali mesmo.
A colaboração, cooperação e entreajuda esteve sempre presente, o que conjuntamente com a boa disposição e o tão desejado sol, elevou a moral e as expectativas para a descida, que nos permitiu visualizar bonitas paisagens.


A serra do Marão situa-se na fronteira do distrito do Porto e Vila Real, com 1415m, é a sexta serra mais alta de Portugal Continental. Estabelece a transição do Douro Litoral e o Alto Douro e foi um grande responsável, nos dois sentidos, pelo atraso da progressão do Interior Transmontano até ao séc. XIX.





Apresenta uma boa mancha vegetal, Carvalho-negral, Carvalho-roble e Bétula Celtibérica e essencialmente Pinheiros, embora tenha sido destruída pelos incêndios que a serra, no Verão, tem vindo a ser vítima. 75% dos terrenos são baldios, e junto às habitações o cultivo de vinhas é a produção mais visível.


No ponto mais alto da serra, 1415m, está presente o Observatório Astronómico do Marão propriedade do Grupo Andromeda, que está inserido no projecto Ciência Viva. Já teve a presença de astrónomos de todo o país, bem como a do Ministro da Ciência e da Tecnologia.



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